sábado, 13 de junho de 2009

Novo caso de aids na indústria pornô renova dúvidas sobre segurança

A instituição que informou sobre o contágio foi a Fundação de Saúde Médica para a Indústria Pornô, uma clínica que oferece seus serviços a atores pornô da região de Los Angeles.

O novo caso, confirmado hoje pelo jornal "Los Angeles Times", é o primeiro na indústria desde 2004, quando as produções pornográficas foram interrompidas por quatro semanas pelo medo de um contágio em massa.

Naquela época, um ator que tinha retornado aos Estados Unidos após um trabalho no Brasil contaminou três companheiras que tinham atuado com ele.

Além disso, outro intérprete transexual, sem relação com os anteriores, também testou positivo para o vírus HIV.

No caso atual, os exames realizados com os companheiros da atriz deram negativo, segundo a Fundação de Saúde Médica para a Indústria Pornô. Eles não poderão trabalhar por enquanto e devem voltar a fazer o teste em duas semanas, declarou Brooke Hunter, administradora da entidade, ao "Los Angeles Times".

"Não é um fato importante", disse Hunter, ao assinalar que a atriz infectada vinha trabalhando muito pouco.

Este novo caso prova a batalha travada há anos entre a indústria pornográfica e as autoridades de saúde, que recomendam o uso de preservativos nas rodagens.

"Ninguém trabalharia na construção de um edifício sem um capacete, portanto, por que os atores podem atuar sem preservativos?", pergunta o médico Jonathan Fielding, oficial de saúde do condado de Los Angeles.

A região registra mensalmente entre 60 e 80 novos casos de gonorreia e clamídia só entre atores da indústria pornográfica.

Os protocolos para os atores recomendam a realização de testes para diagnóstico da aids a cada 30 dias, uma frequência que Fielding considera insuficiente para evitar transmissões, já que o vírus HIV não aparece nos resultados até entre nove ou 11 dias depois de ter sido contraído.

"Digamos que um ator se infecta em uma segunda-feira, faz o exame na quarta-feira e atua na sexta-feira. Daria negativo, mas na realidade não é assim", explicou o médico. EFE mg/bba

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